Quem escuta a mãe?

Título: Quem escuta a mãe? 

Tipo de atividade: Produção audiovisual

Participantes: Professora Luciana Liege (Orientação); Amanda Gotsfritz, Leone Lins, Nany Barros, Otávio Barros, Laura Soares (Elenco); Jaíla Barros e Jaqueline Barros (Câmera); Jaíla Barros (Direção de fotografia); Jaíla Barros e João Vitor Madureira (Edição); João Vitor Madureira (Som); Jaíla Barros e Nany Barros (Vozes); Jaíla Barros (Adaptação e Direção); João Vitor Madureira (Música); João Vitor Madureira (Direção Musical) e Amanda Gotsfritz e Gabriela Campanella (Texto).

Resumo: A maternidade já é em si assunto de muita discussão, para algumas mulheres é um momento mágico e para outras é extremamente real, humano. É o eterno caminhar entre a magia e a realidade. É intenso, desafiador, às vezes solitário, um misto de transformações físicas e psicológicas. Por si só, a gestação produz diversos conteúdos com os quais podemos dialogar para dar voz e ouvidos a essas Mães. No entanto, o final do ano de 2019 trouxe ainda mais carga para essas mulheres, a pandemia intensificou todos os anseios que as gestantes, assim como as puérperas, carregam. Imagina gestar, parir e cuidar de um ser humano em formação enquanto você cuida de si numa situação pandêmica. Tantas delas desabafam em suas redes sociais e em suas redes de apoio, redes essas que foram resumidas aos maridos em consequência do distanciamento social, e só precisam ser ouvidas. No meio de todo esse distanciamento muitas dessas mães encontram em outras mães esse afago, uma rede de mulheres que buscaram unir-se a partir de suas vivências e dividir o fardo. Este projeto visa uma montagem audiovisual, inspirada nos textos e vivência da tatuadora Amanda Gotsfritz e no texto da escritora Gabriela Campanella para o projeto “Querida Gestante”, que tem o objetivo de ampliar o diálogo e trazer afeto para as gestantes nesse estado pandêmico. A montagem utiliza a linguagem audiovisual, e conta com o corpo técnico reduzido e a utilização de recursos simples dada a pandemia mundial de COVID-19. Essa montagem traz esse olhar sensível para essa Mulher, dando a ela voz aos seus anseios e sentimentos, não só em relação a gestação, mas a esse gestar na pandemia, assim como um afago, através de palavras que possam ressoar afeto para essas mulheres mães que compartilham esse momento. Além disso, a proposta é que a montagem traga luz à reflexão a respeito da solidão materna, sobre maternidade real, sem esse glamour que se vende, à sobrecarga, à fragilidade dessa mulher diante desse momento que é tão intenso, a mulher que morre e renasce mãe e o que implica essa despedida, um olhar para a mãe que fica invisível quando os olhos estão voltados apenas para o recém-nascido. Quem escuta essa mãe? A montagem é feita pensando nelas, entretanto busca o olhar atento de todos.